Pode esquecer aquela história de que grávida está liberada para comer por dois. Quando se fala em açúcar, então, piorou. As pesquisas recentes sobre a dieta nesse período mostram que manter uma alimentação saudável e balanceada é essencial. Exemplo disso é um novo estudo publicado no American Journal of Preventative Medicine em que os autores alertam as mães a limitar o consumo de açúcar durante a gestação para proteger o desenvolvimento cerebral e cognitivo das crianças no futuro.
Foram analisados dados de 1234 pares de mães e filhos norte-americanos de 1999 e 2002. Os pesquisadores coletaram informações em relação a dieta das gestantes e dos pequenos na primeira infância e avaliaram as crianças através de testes cognitivos aos 3 e 7 anos. O estudo concluiu que os filhos de mães que consumiram mais de 50g do carboidrato (aproximadamente o que há em uma barra de chocolate ao leite de 100g) diariamente durante a gravidez se saem pior em testes de memória e aprendizado.
Os pesquisadores também descobriram que o consumo de bebidas adocicadas pelas gestantes, como sucos e refrigerantes, está ligado a piores habilidades cognitivas e verbais dos pequenos. As bebidas diet não resolvem o problema, já que o consumo delas durante a gravidez foi ligado a crianças com piores habilidades verbais aos 7 anos, assim como pior coordenação motora e noção espacial. O consumo de água é o mais recomendado para todas as faixas etárias.
Em relação à dieta das crianças, o estudo aponta que as que comem mais frutas demonstram melhor vocabulário e habilidades motoras. O benefício, porém, não foi comprovado quanto ao consumo de sucos de fruta, pois estes não possuem as fibras e outros nutrientes dos alimentos in natura.
Desde 2015, a Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo diário de no máximo 25 gramas de açúcar, cerca de 6 colheres de chá ou um pouco menos do que duas colheres de sopa. No cálculo, entram todos os alimentos que contém o carboidrato como bolos, bolachas e iogurtes.
Fonte: Revista Crescer
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