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Contato com a natureza na infância traz vantagens para a vida toda

Sociedade Brasileira de Pediatria lança manual reforçando a importância do meio ambiente no desenvolvimento infantil



Em uma era de crianças cada vez mais conectadas, entidades e estudos reforçam que é preciso passar um tempo em meio à natureza. A Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) acaba de lançar um manual sobre o assunto.

Entre os benefícios elencados no documento estão: bem-estar mental, favorecimento do desenvolvimento neuropsicomotor, melhor controle de doenças crônicas e menor risco de encarar problemas de saúde na vida adulta.

A falta de oportunidades de brincar ao ar livre, por outro lado, está relacionada ao aumento de encrencas ainda na infância e adolescência, como obesidade, hiperatividade, pouca habilidade física e até mesmo miopia.

As telas parecem ter uma boa parcela de culpa aí — ora, ao trocar a praça pelo tablet, celular ou televisão, é natural que a criança se movimente menos. Fora que a urbanização, em especial sem planejamento, traz também a redução das áreas verdes e a falta de segurança. Assim, a tendência é passar mais tempo em ambientes fechados.


Quanto tempo ao ar livre é preciso?


O novo manual da SBP pede pelo menos uma hora diária de atividades em contato com a natureza, seja para brincar, aprender ou conviver. Esse tempo pode ser incluído na rotina da creche ou da escola.

Uma das recomendações da entidade é para o poder público: é preciso garantir que as crianças e os adolescentes tenham acesso a áreas naturais, seguras e bem conservadas a menos de dois quilômetros de casa.

O exemplo dos pais também é decisivo para que a relação dos pequenos com o meio ambiente floresça. Cabe aos adultos compartilhar seu apreço pela diversão offline e também pela contemplação diante de uma paisagem, por exemplo.

É com eles que os menores aprendem a buscar o equilíbrio e aproveitar o melhor da tecnologia e dos cenários naturais.


Estudo reforça benefícios


Um levantamento feito com mais de 3 600 europeus mostrou que adultos que haviam passado menos tempo em meio à natureza durante a infância se saíram pior em testes psicológicos. Para avaliar a saúde mental deles, os pesquisadores perguntaram sobre níveis de nervosismo, sintomas depressivos, energia e fadiga.

O trabalho, conduzido pelo Barcelona Institute of Global Health, descobriu ainda que o grupo que não tinha visto muito verde na infância dava menos importância a espaços naturais. Mais um sinal de que o amor pelo meio ambiente deve começar no berço — e passar de pais para filhos.


Fonte: Saúde Abril

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