Uma pesquisa realizada no Reino Unido revelou que dois terços das crianças não estão tão seguras quanto deveriam em suas cadeirinhas. Para chegar a essa estatística, a organização Child Seat Safety inspecionou mais de 3 mil veículos por lá e constatou que em 36% a cadeirinha estava instalada incorretamente e em 33%, ela não era adequada ao tamanho da criança que carregava. A maioria dos problemas que envolviam instalação eram fáceis de consertar: em 41% dos casos bastava corrigir os cintos de segurança e em cerca de 30% só era preciso reajustar o encosto de cabeça para garantir a segurança do assento. Os pais que usavam as cadeirinhas com escudo frontal, modelo que não é comum no Brasil, erravam menos na instalação, assim como aquelas com ISOFIX, presas diretamente ao chassi do carro.
A polícia estadual de Bristol (Inglaterra) já tem um programa em vigência, nos últimos cinco anos, que verifica as cadeirinhas da população diariamente nas ruas. Em vez de serem multados, os pais que cometeram algum erro na instalação têm de fazer um curso online de 20 minutos, que cobre todos os tópicos sobre a segurança das crianças no veículo. Segundo eles, a iniciativa funciona, já que quando parados pela polícia novamente, não há mais problemas com a cadeirinha.
Mas qual a importância da instalação correta desse acessório? Gabriela Guida de Freitas, gerente da ONG brasileira Criança Segura, diz que os pais devem, sim, gastar tempo com essa função e buscar modelos apropriados (com selo do Inmetro) - que nem sempre são fáceis de instalar, mas valem o esforço. “Na cadeirinha com escudo, por exemplo, o cinto é passado como o de um adulto, em uma estrutura na altura da barriga. Como não há um sistema para prender a criança, é óbvio que os pais erram menos, mas a gente desaconselha o uso. Neste modelo, em caso de acidente, todo o impacto se dá na barriga da criança, onde justamente não queremos, por ser uma região 'mole' onde os órgãos podem ser facilmente atingidos", explica. Aos pais inexperientes, uma dica: peça ajuda para instalar o produto na loja onde o comprou, ao fabricante e/a outras famílias que já têm filhos. Todo cuidado é pouco!
Fonte: Revista Crescer
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