O suporte paterno ao longo do aleitamento traz benefícios para a saúde e bem-estar da família toda
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as mães alimentem seus filhos exclusivamente por meio da amamentação durante os primeiros seis meses de vida. Elas também são incentivadas a amamentar como complemento de outros alimentos ao menos até o bebê completar 2 anos de idade. Essas mensagens são compartilhadas de forma recorrente durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno, que aconteceu faz pouco tempo.
Estudos mostram que o pai desempenha um papel fundamental no apoio ao aleitamento. O suporte paterno gera taxas mais elevadas de início e continuidade da amamentação, aumento da intimidade entre o casal, menores taxas de absenteísmo no trabalho por parte das mães e até mesmo a redução dos sentimentos de ansiedade ou isolamento. Além de todos esses benefícios, o estabelecimento de um vínculo entre o pai e o bebê é igualmente importante para a saúde geral de ambos.
Para mim, a coisa mais importante é o pai realmente querer se envolver mais. Mas, às vezes, ele não dispõe das informações ou do espaço apropriados e termina se sentindo excluído. Embora a amamentação seja natural, é também um comportamento aprendido.
O apoio do pai no dia a dia
Tanto as mães quanto os bebês precisam do descanso e da privacidade para garantir uma amamentação bem-sucedida. As visitas e os amigos, muitas vezes involuntariamente, podem gerar atrasos na hora da alimentação e cansar ou superestimular um bebê.
O pai pode ajudar nesse processo de várias maneiras:
- Administrar as interferências de modo a garantir privacidade suficiente;
- Informar-se sobre os fundamentos do aleitamento materno e garantir que as necessidades da mãe sejam atendidas;
- Trocar as fraldas do bebê e acordá-lo para ser alimentado ajuda no sentido de proporcionar às mães um tempo adequado para descansar e se preparar para a amamentação;
- Garantir uma nutrição adequada e o apoio emocional para as mães.
Entrevistamos 827 mães na América Latina para saber o que dizem sobre o envolvimento de seus parceiros na amamentação. Os resultados mostram que a maioria deles participa confortando e verificando o bebê, mas menos da metade ajuda na limpeza dos extratores de leite e das mamadeiras para a próxima alimentação ou pesquisando sobre como alimentar o bebê.
Quando perguntamos se seus parceiros desejam estar envolvidos na jornada de amamentação, 86% das mães indicaram que sim — uma resposta muito consistente. Mas quando as consultamos sobre como os parceiros podem assumir um papel ativo no apoio à jornada de amamentação, 75% responderam que há necessidade de mais informações.
Fonte: Saúde Abril
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