Especialista conta o que é a condição, que afetou famosos como a dançarina Sheila Mello, e os cuidados para controlá-la.
A erisipela é uma infecção causada por uma bactéria, chamada estreptococo, na região da pele. Ela atinge, na verdade, os vasos linfáticos do tecido gorduroso logo abaixo da camada cutânea. O micro-organismo se aproveita de portas de entrada, como ferimentos que não receberam os devidos cuidados de higiene. Isso pode acontecer, por exemplo, diante de micoses entre os dedos, conhecidas como frieiras, e em lesões ocorridas após a retirada da cutícula quando se vai à pedicure.
A erisipela ficou em evidência recentemente porque algumas pessoas conhecidas do grande público foram internadas para tratá-la. Apesar de não termos uma estimativa precisa do número de casos no Brasil, sabemos, por dados de países desenvolvidos como os Estados Unidos, que a condição é muito comum.
A infecção pode ser identificada quando há o aparecimento de íngua, que é o aumento dos linfonodos (chamados antigamente de gânglios linfáticos), e dor na região da virilha — caso o machucado esteja nos pés, na região das axilas ou nas mãos. Outros sintomas que acompanham o quadro são calor local, febre alta acima de 38,5 graus, mal-estar geral com dor nos músculos e vômitos.
Geralmente, o tratamento da erisipela é feito com antibiótico via oral por dez dias e limpeza local do ferimento. Entretanto, nos quadros mais graves, a internação hospitalar pode ser necessária para a administração de uma combinação de antibióticos na veia. Esse procedimento também contribui para melhorar as condições gerais do paciente.
As situações mais sérias tendem a ocorrer em pessoas com baixa imunidade, caso de idosos, diabéticos fora de controle e indivíduos em tratamento de quimioterapia. Nas formas graves, além do quadro habitual, a erisipela pode se apresentar com bolhas e manchas escurecidas na pele.
Fonte: Saúde Abril
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